A Organização Mundial de Saúde elevou o surto de ébola na República Democrática do Congo para o nível de emergência sanitária internacional, três dias depois do primeiro caso de contaminação em Goma, grande cidade do leste do país, localizada a apenas 20 quilómetros da fronteira com o Ruanda.
A epidemia fez, até ao momento, 1700 mortos em território congolês. A OMS pediu, no entanto, que nenhum dos países vizinhos feche as fronteiras.
O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, frisou que “a OMS não recomenda qualquer restrição às viagens e comércio, o que, em vez de parar o ébola, pode na realidade prejudicar o combate. Essas restrições forçam as pessoas a recorrer a travessias fronteiriças informais e não vigiadas, que aumentam o potencial de risco para a propagação da doença.”
É a décima vez, desde 1976, que a República Democrática do Congo se vê confrontada com o vírus.
A última vez que a OMS decretou uma emergência sanitária mundial foi em 2014, por ocasião da grande epidemia de ébola que fez 11.000 mortos na África Ocidental.